sábado, 5 de outubro de 2013

É melhor ser alegre que ser triste


A tristeza diz, arrogante, que a felicidade é burra. A felicidade compreende o masoquismo de sua antagonista e, com sabedoria, não retruca - simplesmente sorri.

Provar o sabor da alegria não significa renegar o valor da tristeza. Basta saber que, muitas vezes, a alegria ou a tristeza são escolhas ao nosso alcance. Se, ao meu paladar, mais agrada a primeira, quando eu puder escolher convém saborear o riso, portanto.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Let it be


Permita-me o erro, permita-me a queda, permita-me a gafe, permita-me a imperfeição.

Permita-me o acerto, permita-me o triunfo, permita-me o sucesso, permita-me a vida.

Nessa busca incessante, permita-me o chavão: melhor ser feliz do que estar certo.

terça-feira, 30 de abril de 2013

And I'd give up forever to touch you


A gente assiste, com a suspensão de descrença ativada, a invasões alienígenas, mundos paralelos de criaturas azuis, cachorros falantes, monstros gigantes atacando cidades, mocinhos com munição infinita que saem praticamente ilesos de uma alvejada de tiros, bruxinhos voando em suas vassouras e tantos outros frutos da fascinante imaginação humana. E então voltamos à nossa pacata vidinha, sem esperar esbarrar em um alien ao sair do cinema.

Amor perfeito, romantismo, almas gêmeas, paixão eterna, felizes para sempre. É bom lembrar de suspender o excesso de crença ao final de um filme romântico; jogar, naquela caixa, junto com os óculos 3D, a expectativa da perfeição e voltar à (pacata?) realidade, com suas imperfeitas e, por que não?, deliciosas interações interpessoais.

sábado, 23 de março de 2013

"I love you"...


..."I know".
Amor. Tantas tentativas vãs de definir esta palavra. Tantos significados distintos atribuídos a ela. Tantas músicas lamentando ou celebrando o amor: o amor-obsessão, o amor-egoísta, o amor-idealizado, o amor-doentio. Será isso, de fato, o amor? O romantismo, creio, destruiu seu real significado; ou construiu?


ROMA
Quatro letras formam-na toda, dizem
Representação gráfica do que desconheço
Pergunto a gélido coração, que de mim omite
Significado da palavra, nega-me seu apreço

Anagrama de ROMA é meu maior enigma
A Pensadora, petrificada, busca a solução
Ciência não explica, descobri-lo é minha sina
Difícil entender quando se cala o coração

Inerente ao ser humano, sentimento esse
Não lecionado na escola, fórmula misteriosa
Sublima a alma, sentimento que enobrece
Não sei do que se trata, retenho-me na prosa

Conheço tantos outros - da dor à galhofa
Que falta me faz esse? Questiono à lua
Deitado na rígida pedra ou na areia fofa
A resposta vem logo - este ou mata ou cura

Enrolei até agora, não mais posso resistir
Me vem à boca, mas o coração não é a origem
Reluto em proferir, antes pudesse mentir
Falo do amor - a dor - e renego tal vertigem
(escrito em dois mil e alguma coisa)


Fácil. Antes o eu-lírico recorresse ao dicionário:
Amor (s.m.): 1- Afeição profunda a outrem, a ponto de estabelecer um vínculo afetivo intenso, capaz de doações próprias, até o sacrifício; 2. Dedicação extrema e carinhosa; 3. Sentimento profundo e caloroso de atração entre duas pessoas; 4. Apego; 5. Carinho; ternura; 6. Cuidado; zêlo. Fonte: Dicionário Informal
Não importa. A delícia de amar supera o desespero de não se sentir amado. E o senso comum já repetiu à exaustão um dos caminhos para a felicidade: ama-te a ti mesmo. Seja provedor do amor, não mero consumidor, e terá insumo para sua felicidade independentemente dos fatores externos.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Level up!


Quão doce é o sabor da liberdade mental! Quão doce é a descoberta de novas formas de pensar, de enxergar, de ouvir, de sentir! Quão doce é ter a prioridade de sentir-se bem! Quão doce é a experiência de provar, por si próprio, que até o jiló pode ser agradável ao paladar, apesar da má fama repetida à exaustão de que "o amargo é ruim". Quão doce é apreciar o amargo!