sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Livre

Dança livre pela rua, alma pueril. Nos encontros e desencontros ascende ao teu brio.
Faz da chuva cachoeira e das poças o seu mar. Entrementes até que encontre transeuntes para amar.

Cora ao sol e canta em coro com coroa imaginária. Sede rainha, sede povo, sede interplanetária.
Toma aos goles suas lágrimas e não questiona seu juízo. Cala ao mundo e não explica que só tu ouves teus guizos.

Rima em prosa, trota em riso, ri da sanidade. Que é palavra vã criada para explicar a inverdade.
Quem não sabe, não atura o que pode ser não sendo. E aos poucos a criança cala e vai se entristecendo.

Mas não tema, pequenina, que dos doces já é farta. Salga em pranto, sem pesar, tudo aquilo que te aparta.
E se dormes te acarinho e te canto pra ninar. Pois um dia, bem sadia, o riso há de te acordar.